Eu e sua avó sempre fomos muito grudadas, creio que por eu ser a caçula, e de quando ter nascido todos os outros filhos já serem grandinhos. Enfim, éramos grudadas e ponto.
Dormíamos na mesma cama (assim como eu e você), até quando já era bem grande, frequentávamos inúmeras vezes as mesmas festas (fazíamos questão de estamos sempre juntas, assim como você e eu), e dentre tantas outras coisas que fazíamos juntas ou uma pela outra, existe uma que quero contar agora:
Sempre, desde que comecei a trabalhar fora, sua avó me esperava do muro feito uma "namoradeira", ou me levava até o portão quando eu saia. Hoje, quando dei por mim que você faz o mesmo, tive certeza de que você é um pouco da sua avó que ficou pra mim.
Antes eu avistava de longe a cabecinha branca da sua avó sorrindo pra mim, agora vejo um pedacinho da sua cabecinha do muro, saltitando, sorrindo e acenando, e depois abre o portão e vem correndo me contar alguma novidade, antes mesmo de tomar a benção. E quando se da conta de que ainda não tomou a benção, toma fôlego e estica a mãozinha mais linda do mundo: “Benção, Mamãe”. Me dá um beijinho com sua boca de florzinha e começa de novo a me contar as novidades do seu dia.
Antes era eu quem já avistava a sua avó e começava a tagarelar sobre meu dia, queria sempre contar tudo a ela, só pra ela. Sempre confiei nela e quero que você também sempre confie em mim, em tudo.
Sua avó te criou tão bem, você é tão bacana, tão amorosa, tão família, igualzinha a ela. Sou a pessoa mais sortuda do mundo, tive a sua vó, que foi a melhor mãe do mundo, e tenho você, a melhor filha do mundo. Espero que eu também possa ser pra você a melhor mãe do mundo. Te amo demais, minha boneca, minha companheirinha.
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