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Cinco anos, sete meses, 14 dias e linda demais

Ela fala, fala, fala... E fala. E quanto ela corre... E aquele joelhinho que não sei como agüenta? E aquela canelinha que vive marcada? E como ela sorri. Aquele sorriso tá cada dia mais lindo. Ah! E aquela boquinha que não cresce. E continua linda... Já pediu um celular. Acha que já é grande. Mas como cresceu... Ela tá linda demais. O cabelinho finalmente crescendo e tomando forma. Aqueles olhos espertos que não perdem um movimento. Que fotografam qualquer cena. Ela se veste todos os dias de princesa. Todos os dias! Haja fantasia... Não, não. Ela acredita piamente que é uma princesa de verdade. E eu concordo. Ela é linda demais... Ela continua sendo atriz: finge que ri, que chora, que é brava e que esta triste. Somente eu não consigo fingir: caí de amores logo ali na maternidade. E vivo de amor por essa boneca...

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Minha adolescente

Filha, você é uma garotinha tão bacana. Longe de ser o tipo de adolescente chato que tanto me amedrontou. Você é bacana, conversa, dança suas danças, ouve suas músicas e as minhas, sai as minhas saídas e se diverte, conversa com meus amigos, é tão sorridente... Você é minha companheira em casa também. Lava louças, arruma, fica comigo enquanto cozinho ou cozinha pra mim, como fez estes dias mesmo. Estava há dias pedindo para cozinhar pra mim, que era para eu comprar os ingredientes. Comprei e você fez o macarrão de panela. O resultado não ficou muito bom, você ensaiou uma decepção, mas a sua iniciativa foi tão linda que compensou tudo. Você faz suas unhas, cuida do seu cabelo, cuida maravilhosamente dos seus dentes (segundo a própria dentista), arruma sua própria roupa, lava roupas, arruma todo o seu material e uniforme de escola um dia antes. Não me lembro da última vez que tive que acordá-la para ir pra escola. Você assumiu a suas responsabilidades. Acorda, se arruma, lancha...

Nós

Gostamos de fazer as coisas juntas, dormir (abraçadas, mesmo eu dizendo que tô com calor), comer, assistir filmes e todos os tipos de passeio (inclusive os de adulto em que imploro ao gerente para deixar você entrar). Dividimos músicas que gostamos, completamos o pensamento uma da outra, rimos das mesmas coisas e debochamos das mesmas coisas também. Gostamos de dançar abraçadas na cozinha ou simplesmente ficarmos em pé abraçadas na cozinha. Nosso ritual da saudade, da carência ou apenas do amor que sentimos uma pela outra.  Somos perfeitas juntas. Somos tão mãe e filha que chega a doer o coração de tanto amor. Te amo mais, pra sempre e até o infinito,  Amorzinho. (Enquanto estou aqui, escrevendo, sentada em minha mesa de trabalho, olho para a esquerda e te vejo ali, tão linda, cabelo verde, mil pulseiras no braço, dois brinquinhos em cada orelha, fones de ouvido e toda a vontade no sofá da firma. Obrigada Deus! Te amo, Amorzinho!)